Pastor, Conferencista e Professor de Teologia

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domingo, 6 de março de 2011

A relação entre Psicologia e Pastorado


“Nestes últimos anos, cresceu em vários setores humanos o interesse pela psicologia. Essa deixou de ser uma disciplina especulativa, ensinada em cursos restritos das faculdades de filosofia, para penetrar em quase todos os currículos, nos serviços de admissão ou seleção de profissional, da indústria e do comércio, do exército, da marinha da aeronáutica civil e militar ”.

Essa citação foi extraída de um livro escrito há quase cinqüenta anos. O avanço da psicologia é tão crescente que ela se agregou em todos os seguimentos da sociedade, chegando também às portas do ministério de muitos pastores e líderes o que, nesse caso, tem gerado controvérsias e muito o que falar no meio evangélico. Para muitos crentes conservadores, a psicologia está sendo propalada ao povo de Deus, com o propósito de conduzir o crente ao descrédito na plena suficiência das Escrituras. A penetração no meio evangélico se destaca nas mais diversificadas formas: através dos púlpitos, com mensagens psicologizadas, e no aconselhamento pastoral, onde a Bíblia é colocada em pé de igualdade com a psicologia. Hoje, acredita-se, que 90% dos livros de aconselhamento cristão tentam conciliar Bíblia e psicologia.

É bem verdade que muitos pastores e líderes têm encontrado dificuldades em separa uma coisa da outra.Numa revista de escola bíblica dominical,por exemplo, onde o autor é pastor e psicólogo, coloca a Bíblia no mesmo nível da psicologia quando diz: “O presente estudo, à partir da Bíblia e da psicologia tenta fornecer respostas à questão”. O uso da psicologia não para por aí, há muitas Igrejas que proporcionam seminários para seus membros, mostrando o valor da psicologia na vida cristã. Na revista “Veja”, de 20 de setembro do ano 2000, traz um artigo intitulado: “A Bíblia no Divã”, mostrando que é cada vez maior o número de pastores que têm procurado os cursos de formação rápida de psicanálise tentando conciliar Freud com Jesus Cristo. A Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil (SPOB) que desde 1996 ofereceu os primeiros cursos de psicanálise, já entregou diversos certificados de conclusão à muitos pastores. Isto tudo demonstra que pastores e líderes estão fazendo uso da psicologia para darem respostas para o problema humano e em particular de suas ovelhas, junto à bíblia o que para muitos líderes trata-se de uma impossível tarefa, pois, na concepção da liderança evangélica, é grande a distância entre o conceito bíblico do pecado e as teorias freudianas da psicanálise.Seguido deste princípio, algumas perguntas parecem não terem um justificativa lógica tais como: se os recursos da psicologia junto aos métodos da bíblia no tratamento de uma pessoa diferem entre si, como pode haver, nesse caso, uma relação harmônica entre uma Ciência com a outra? Como unir dois sistemas rivais e irreconciliáveis? Sistemas que contemplam o pecado e a depravação humana em prismas diferentes?

No entanto, ao abordarmos sobre este tema “a relação entre Psicologia e Pastoreado”, é óbvio que não podemos começar por pensar que se trata eventualmente de uma Teologia da Psicologia, é devido a esta ideologia que poucos consegue chegar a um denominador comum. Indubitavelmente, Psicologia e Teologia são ciências bastante diferentes, já que a cada uma cabe parcelas diferentes do comportamento humano para ser estudado e aplicado.Neste sentido, é preciso que fique claro que a Psicologia Pastoral pode na melhor das formas definir-se como o ramo da Psicologia que estuda os comportamentos humanos psicológicos, na ação pastoral sem o desempenho e sem a definição á maneira de Sigmund Freud.

Sendo assim, a psicologia pastoral é muito útil á ação da Igreja, se percebermos que situações como a dor, a morte, as dificuldades matrimoniais e familiares, entre outras, merecem uma compreensão ao nível pessoal (psicológico), por forma a perceber, acompanhar e atuar de maneira eficaz, produtora e cativante a vida das pessoas que necessitam.

Postas estas considerações, vemos que hoje, para que o acompanhamento individual dos crentes (ou não), a psicologia pastoral é útil,pois, na medida em que o pastor ou o líder aconselha, ele pode interagir, tendo em conta os aspectos antropológicos, psicológicos e religiosos da situação, ou do indivíduo em causa.

Hoje, ao contrário do que se diz da Psicologia Pastoral, é impensável a falta de formação psicológica, para quem pretende atuar de maneira eficaz e próspera no ministério pastoral.

Seria justo, portanto, dentro desta compreensão, enquadrar dentro na Teologia prática, também a Psicologia pastoral, como uma das suas componentes constituintes.

Luiz Carlos B. Ferreira é casado com Gilmária Pereira Rios Ferreira, é Ministro do Evangelho ligado a CEADEB e CGADB. É Mestre em Teologia Ministerial com concentração em Psicanálise Pastoral pelo FATECBA, Coordenador da ESTEADEB em Valente-Ba e 1º Vice Presidente da Assembléia de Deus em Valente-Ba.

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