Pastor, Conferencista e Professor de Teologia

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Este Blog tem como objetivo deixar aos que se dedicam ao estudo e ensino da Bíblia downloads diversos de material teológico afim promover o ensino da Palavra de Deus de forma mais eficaz! Fique aqui e confira!

HISTÓRIA DA IGREJA




Autor: Pr. Luiz Carlos

 


Nosso estudo sobre a história da Igreja está baseado na divisão dos sete períodos que compõe a mesma:

*      Igreja Apostólica
*      Igreja Perseguida
*      Igreja Católica Primitiva
*      Igreja Católica Romana
*      Igreja Medieval
*      Igreja Reformada
*      Igreja Moderna

Início
F
inal de primavera do ano 33, aos cinqüenta dias  após a ressurreição do Senhor Jesus  Cristo,  e aos dez dias depois da Sua ascensão  aos céus, dar-se inicio a historia da Igreja .Antes da fundação  da Igreja,  o Senhor Jesus  havia feito apenas duas breves menções sobre a mesma ( Mt 16:18 e Mt 18:17 ), isto porque, a idéia de um cristianismo aberto para o mundo, e de uma Igreja desassociada do judaísmo seria algo que o Espírito Santo faria progressivamente como ocorreu nos primeiros  dezessete anos que se seguiram ( do ano 33 à 50 no Concílio de Jerusalém ).

Cenário histórico onde a semente do
Cristianismo foi plantado
Amados seminaristas, a bíblia nos diz expressamente em Gl 4.4: “ vinda à plenitude dos tempos  Deus enviou seu Filho”. Marcos afirma categoricamente que o tempo dessa dispensação  da igreja estava cumprida e pronta Mc1.15. Sendo assim, Deus na sua infinita presciência já havia preparado todo o  terreno e um  contexto histórico, para  que a semente do cristianismo fosse  plantada e a fecundação da igreja fosse evidente.
 Deus trabalhou na história levando o homem a construir os antecedentes que iriam colaborar para o grande advento da Igreja. Antes de estudarmos os acontecimentos que marcara a historia da igreja, comentaremos, forma suscita, quais foram as principais circunstâncias que contribuíram para o nascimento e êxodo da Igreja de Jesus Cristo:

Os judeus
A principal contribuição foi sem duvidas a dos judeus, ( Contribuição religiosa ),pelo fato de ter sido o povo santo e escolhido de Deus para serem guardiões da revelação divina para toda a humanidade. Foi a esse povo que Deus prometera a revelação de um  messias libertador. A salvação viria “dos judeus” como foi dito a mulher samaritana em Jo 4.22, por esta razão, a pequena nação cativa situada num caminho entre três continentes ( Ásia, áfrica, e Europa ) se tornou o tanto o berço do Cristo quanto do próprio cristianismo. O judaísmo sérvio de abrigo a nova religião que nascia. As Sagradas Escrituras ( Antigo Testamento )  que foram usadas como base por Jesus e pela  própria igreja primitiva foram primeiramente confiados aos judeus, eles foram o povo  que acolheram os oráculos de Deus ( Rm 3.2 ) durante os 14 séculos  que antecederam o nascimento da Igreja.

Os gregos
  • Os gregos erigiu os grandes edifícios da mente, ( Contribuição intelectual ).Os gregos contribuíram na criação de um ambiente intelectual que favoreceu a pregação do Evangelho.Os romanos conquistaram os gregos politicamente, porém os gregos conquistaram os romanos com a sua cultura.
  • Os gregos contribuíram ainda com uma “língua universal” . O dialeto “grego” foi usado no mundo helenístico por homens como Alexandre e sucessores, seus soldados  e os comerciantes por  todo o território mediterrâneo entre 338 a 146 a.C. O Evangelho precisava de uma língua universal para impactar o mundo de sua época.
  • E m parte, a própria “filosofia grega” proporcionou a aceitação do Evangelho, pois muitos gregos haviam abandonado as religiões místicas a favor da filosofia  ao perceberem que a religião tornara ininteligível diante dos princípios da disciplina intelectual  que esta proporcionava. No entanto, no que diz respeito as necessidades espirituais do homem a filosofia falhou, dentro desse sistema, ou o homem ficava cada vez mais céptico, ou  buscaria “ conforto espiritual” em qualquer religião pagão do império romano.A filosofia produziu corações famintos e sedentos de um relacionamento mais intimo e pessoal com o Ser Supremo  que somente o  Evangelho poderia suprir.

Os romanos
  • Os romanos conseguiram desenvolver um sentimento de unidade debaixo de uma lei universa,( Contribuição política ) , ou seja, criou um ambiente propício a pregação do Evangelho que também conclamava a unidade  da raça humana no sentido  de que todos  estavam debaixo da lei do pecado e que ao mesmo tempo a salvação a todos era oferecida por meio de Cristo Jesus.

Contribuição marítima
  • A  movimentação marítimo-comercial no mar mediterrâneo favoreceu a disseminação   do Evangelho nos lugares mais longínquos e distantes do império romano.Roma contribuiu varrendo a pirataria  do mar  que inibia a movimentação marítima.

Contribuição viária
  • Roma criou estradas em todas as regiões do império, m em parte muitas delas de concreto  que ainda são usadas nos dias de hoje, isso também contribuiu na expansão do cristianismo, aliás, o próprio Paulo se sérvio destas estradas em suas viagens missionárias.

Na Contribuição militar
  • Dentro do sistema militar, Roma adotava a prática de incorporar súditos recém-conquistados das províncias para  o serviço militar. No caso dos cristãos  que eram submetidos à incorporação levava o Evangelho  às regiões para onde eram designados. 



 Roma controlava o mundo mediterrâneo. O  império romano  se desdobrava desde a síria até Portugal,do Egito até as Ilhas Britânicas.Fundador: Otávio Augusto, o gênio
que soube reter em suas mãos o poder sem destruir  as aparecias da república, o império vivia no início da nossa era num clima chamado  de : Pax Romana ( Paz Romana)

O Helenismo
O que era o helenismo? Helenismo é o termo dado a influência dos costumes e do pensamento grego sobre o mundo ao redor do mediterrâneo mesmo depois da conquista romana.
 Foi exatamente nesse contexto histórico que Jesus Cristo lançou os fundamentos da  Igreja  que iria mudar a história da humanidade com a pregação do Evangelho.




1.    IGREJA APOSTÓLICA ( DO ANO 33, FUNDAÇÃO À 100 D.C  À MORTE DE JOÃO – 67 ANOS)

Os primeiros vinte  anos da historia da igreja  ( de 33 à 50 d.c )
(da inauguração da igreja ao concilio de Jerusalém).

                                                                                I.    Características fundamentais da Igreja inicial
Em  Atos 2  quando acontece a inauguração da Igreja, sua membresia era formada apenas de judeus, no início havia  quase  cento e vinte pessoas. Calcula-se que em dois anos, a Igreja primitiva contava com mais de cinco mil homens (At. 4:4), se fossemos levar em consideração mulheres e crianças, a Igreja primitiva havia agregado aproximadamente 15 mil pessoas em pouco mais de dois anos. A fé, o amor e o testemunho dos crentes primitivos eram sem igual. A pureza  e a santidade também era sem igual. Ninguém tinha falta de nada, as pessoas vendiam suas propriedades  e depositavam  o devido valor aos pés dos apóstolos (At. 4:36,37).

                                                                          II.        Rompimento das barreiras nacionalistas (ano 35 d. C,)
  No ano 35 d.C, nesse mesmo período, surgiram algumas murmurações  em virtude do descaso para com a administração  diária no suprimento das viúvas gregas de origem judaica  enquanto as viúvas genuinamente judias eram  priorizadas. No texto de Atos 6:1 percebe-se a evidencia de uma muralha cultural que havia entre os judeus  convertidos de fala aramaica   e os judeus convertido de fala e influência  grega, estes dois grupos estavam dentro da Igreja. No judaísmo, já havia rivalidades entre estes dois grupos o que não poderia continuar acontecendo no meio da igreja já que Crista havia derribado na Cruz do Calvário esse muro de separação (Ef. 2:14-17). Os apóstolos reuniram a igreja e propôs a escolha de “sete varões” que podesem cuidar dos assuntos de ordem material, nessa escolha  foram citados sete nomes  de “hebreus gregos” que ficaria com esse encargo. Ao elegerem pessoas de cultura grega  para cuidarem do amparo material das viúvas também gregas,  siguinifica dizer que o problema  havia sido resolvido e que  essa primeira fase  do rompimento cultural havia sido superada.

O martírio de Estevão ( ano 35 d.C )
Entre os setes diáconos escolhidos se destacou Estevão, ( “Stephanos”, nome grego que quer dizer coroa ), “ homem ceio de fé e do Espírito Santo” o qual teve, logo sedo,  a atenção da igreja voltada para o seu ministério da pregação da palavra.É diante da última de suas pregações apologéticas que surge o maior antagonista e perseguidor judeu da história da Igreja, o jovem Saulo de Tarso.Estevão disputou numa espécie de “culto ao ar livre”, dentro dos muros de Jerusalém,  com aproximadamente sete seitas que estavam ali presentes e ninguém, nem mesmo os mais respeitados religiosos, conseguiram sobrepor  a sabedoria  do Espírito Santo que falava na boca de Estevão.O famigerado Saulo de Tarso  estava entre aqueles que rangiam os dentes possuídos por cólera e grande ira, consentiu na morte Estevão, primeiro mártir da Igreja,  guardando a seus pés as vestes daqueles que o apedrejavam. Calcula-se que Saulo de Tarso foi evangelizado por Estevão por aproximadamente duas horas, entre o tempo da pregação  dentro de Jerusalém  e o linchamento que aconteceu fora dos muros da cidade.     

Inicio das perseguições
O apedrejamento de Estevão foi apenas o “estopim”  de uma série de perseguições, da qual, Saulo se tornou  o maior protagonista. Esta perseguição inicial contribuiu para a expansão do cristianismo, pois os crentes da Igreja em Jerusalém tiveram de sair da cidade e buscar refúgio por todo o império romano. Felipe que era um dos setes, refugiou-se em Samaria onde formou a primeira igreja fora dos círculos judaico, apesar de os samaritanos não serem genuinamente gentios, o reconhecimento da igreja em Samaria pelos apóstolos mostra que o preconceito religiosos e cultural estava, paulatinamente,  sendo quebrada. 

A conversão de Saulo ( ano 37 d.C )
É possível que a conversão de Saulo tenha ocorrido pouco antes da experiência do apóstolo Pedro em Cesaréia na casa de Cornélio. Antes da perseguição, o inimigo implacável do cristianismo só foi mencionado três vezes (At. 5: 58; 8:1, 3). Movido por uma ira indescritível, perseguiu a Igreja de Deus até o ultimo suspiro que marcou sua conversão, Saulo “respirava”  ameaças e mortes contra os discípulos  do Senhor (At. 9:1), de tal modo, que chegava até a arrancar os crentes  de dentro de suas casas, arrastando-os,  homens e mulheres, encerrando em prisões.
Saulo era natural de Tarso e descendente da tribo de Benjamin, a mesma do rei Saul, cujo nome dar origem ao seu codinome hebraico “Saulo”.Era cidadão romano, ligado ao farisaísmo, aluno de Gamaliel, zeloso pela a Torá, recebeu cartas para ir a Damasco  na tentativa de encontrar e prender os discípulos de Jesus que havia naquele lugar.Damasco  distava de Jerusalém 240 km, e o percurso de uma cidade à outra  levava cerca de uma semana de viagem.Depois de oito dias nas travessias das estradas arenosas, mesmo cansado, prosseguia na sua fúria e obstinação. Ao meio dia, já perto de Damasco, foi subitamente envolvido por uma Luz que o lançou por terra. Jesus o chamou pelo o nome e disse: “Saulo, Saulo por que me persegues?” Percebendo-se  tratar-se de uma revelação divina  perguntou: “ Quem és Senhor?” e a resposta foi: “Eu sou Jesus a que tu persegues”. Saul foi conduzido cego para Damasco, o feroz perseguidor foi alvejado e vencido pela graça de Cristo. O implacável antagonista do cristianismo foi transformado no maior homem que já houve depois de Cristo, homem que sintetizou a fé cristã dentro de uma filosofia que atendeu os princípios espirituais da conduta humana em todos os aspectos. Ele escreveu 13 epistolas e é responsável pela escritura de 1/3 (um terço ) do Novo Testamento, este foi o maior tesouro que ele deixou para a Igreja .A Paulo deve-se a expansão do cristianismo em função de suas quatros viagens missionárias .Nenhum homem fez pelo evangelho o que Paulo realizou, exeto o próprio Salvador  Jesus Cristo. Sem o peso dos argumentos paulinos, o cristianismo poderia ser hoje uma inespressante seita do judaísmo.    

O Concílio de Jerusalém ( ano 50 d.C )
Mesmo diante da quebra dos protocolos, culturais e religiosos, envolvendo judeus hebreus, judeus helenísticos e samaritanos, a consciência de uma Igreja cristã  como uma obscura seita do judaísmo parecia ainda intacta na mente dos apóstolos, mas era por pouco tempo.Em uma de suas viagem à Jope, Pedro ficou hospedado na residência de Simão  “curtidor”, como judeu, Pedro jamais poderia estar na companhia de um judeu, muito menos com o oficio de curtidor,pois todos que possuíam esse oficio  era considerados “mundos”  segundo a Lei. Deus, aos poucos, estava quebrando o preconceito de Pedro  que era uma das colunas da Igreja. Foi ali que Pedro teve uma visão de um grande lençol sobre o qual  havia toda a sorte de animais imundos, e foi-lhe dito que ele deveria matar e comer, ao recusar, foi-lhe dirigido uma voz que dizia: “ não faças tu imundo o que Deus purificou”.Na casa de Cornélio, ao ver que os gentios também receberam a promessa do Espírito Santo, Pedro  de lado o preconceito e reconheceu que Deus não faz acepção  de pessoas  ( At 10:34).  Se o Espírito Santo não fosse derramado  sobre os gentios na casa de Cornélio, seria difícil para Pedro convencer aos demais apóstolos  tanto sua estadia na casa de uma gentio quanto  a porta da Graça à eles aberta. Mesmo assim, com o passar dos tempos,Tiago, o mais conservador dos costumes judaicos e líder da igreja em Jerusalém,  envia uma comitiva de irmãos para examinar a relação entre judeus e gentios  na igreja de Antioquia  que segundo notícias tanto judeus quanto gentios estavam usufruindo e desfrutando dos mesmos privilégios espirituais sem haver nenhuma distinção. Essa resistência cultural e religiosa por parte de Tiago, irmão do Senhor, leva-nos ao ano 50 d. C, onde acontece a primeira convenção gera reunindo as autoridade apostólicas . O tema debatido foi sobre o fato de Deus ter abrido as portas da Graça aos gentios. Sobre esse ponto os apóstolos já estavam em um comum acordo( At 15:8,9 ), a questão em foco era  se os gentios deviam se judaizados ou não.Isso custou antecedentes de discursões, dissimulações,  e até a repressão dada a Pedro pelo apóstolo Paulo.Na ocasião, os judeus enviados para Antioquia, da qual Paulo era membro, causaram um estrago na liberdade de culto dos gentios, obrigando-os a praticarem ritos da lei, como a circuncisão. Pedro já estava em Antioquia antes da comitiva chegar. Ele  se portava como os gentios esquecendo-se do seu Modus Vivendi  judaico, porém, mudou o comportamento com a chegada dos da parte de Tiago, motivo pelo qual foi repreendido.
Diante desse impasse, Paulo escreveu  Gálatas às igrejas das Galácias (Gl1:1)  que também é uma carta de repúdio àquela associação do cristianismo, que ora florescia, com observância de ritos mosaicos. Baseado na repercussão do desabafo do apóstolo dos gentios  nas passagens de Gálatas 1:7 e 5:10 foi decidido a necessidade do primeiro concílio na história da Igreja, realizado em Jerusalém.
A discursão de Pedro  sobre sua experiência na casa de Cornélio somado dos fortes argumentos de Paulo e Barnabé ( At 15:10,11), esmagou de vez as intenções dos crentes judaizantes  que estavam seriamente ameaçando  a base do cristianismo. Felizmente a reunião no Concilio de Jerusalém foi concluído com as seguintes decisões:
“Na verdade pareceu ao Espírito Santo  e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:
Que vos  abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada ,  e da fornicação; das quais coisas fazeis bem se vos guardardes. Bem vos vá. At 15:28,29.

UM RESUMO HISTÓRICO DAS QUATRO VIAGENS MISSIONARIAS DO APOSTOLA PAULO:

Primeira viagem (com Barnabé)
Antiquia da Síria- Chipe-Antioquia da Pisidia- Incônio – Listra- Derbe e Antiquia da Síria. ( Atos 13 e 14 ).
Segunda viagem (com Silas  e Lucas desde Trôade)
 Antioquia- Siria-Cilícia- Derbe- Listra- Galácia-  Trôade-  Filipos- TessalÔnica- Beréia- Antenas- Corinto- Éfeso- Jerusalém e Antiquia. ( Atos 15:40 – 18:22 ).
Terceira viagem ( com Silas, Lucas e outros companheiros de trabalhos )
Antioquia – Galácia – Frigia – Éfeso –Macedônia – Trôade – Mileto -Tiro- Cesaréia-Jerusalém-Prisão e encarceramento em Cesaréia. ( Atos 18:23 – 26:32 ).
Quarta viagem ( com Lucas e outros discípulos )
 Cesaréia- Licia- Ilha de Creta ( naufrágio)- Malta- Silícia- Roma.( Atos 27-28 ).

Acontecimentos históricos do ano 50 d.C até o ano 100:
a)    1ª Viagem Missionária de Paulo 45 a 50 d.C
b)    Tiago, irmão de Jesus, escreve sua Epístola. 49 d.C
c)    Concílio de Jerusalém: a salvação é pela fé e não pela Lei  49 a 52 d.C
d)    2ª Viagem Missionária de Paulo 49 ou 52 d.C
e)    Paulo escreve a Epístola aos Gálatas 50 d.C
f)     Mateus escreve o primeiro dos 4 Evangelhos 51 d.C
g)    Paulo escreve as duas Epístolas aos Tessalonicenses 3 a 58 d.C
h)    3ª Viagem Missionária de Paulo 56 d.C
i)      Paulo escreve a Epístola aos Romanos e aos Coríntios  57 d.C
j)      Paulo escreve a 2ª Epístola aos Coríntios58 d.C
k)    Prisão de Paulo: de Jerusalém é transferido para Roma  60 d.C
l)      Lucas escreve o Evangelho e o Livro de Atos dos Apóstolos 60 d.C
m)  Na prisão, Paulo escreve as Epístolas aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses e a Filemom 63 d.C
n)    Tiago, irmão de Jesus, morre apedrejado em Jerusalém 64 d.C
o)    Paulo escreve a 1ª Epístola a Timóteo641ª perseguição geral aos cristãos: Nero ateia fogo em Roma e culpa cristãos  65 d.C
p)    Pedro escreve sua 1ª Epístola  65 d.C
q)    Paulo escreve a Epístola a Tito  66 d.C
r)     Pedro escreve sua 2ª Epístola  67 d.C
s)    Paulo escreve a 2ª Epístola a Timóteo  68 d.C
t)     João Marcos escreve o Evangelho  8 d.C
u)    Judas, irmão de Jesus, escreve sua Epístola  68 d.C
v)    É escrita a Epístola aos Hebreus  85 a 90 d.C
w)   O Apóstolo João escreve o apocalipse  95 d.C





II - Igreja Perseguida ( do ano 100 até o edito de Constantino em 313 d.C  – 213 anos)

Causas da perseguição
Sem dúvidas, o primeiro e grande desafio da Igreja foram as perseguições. As principais causas das perseguições foram:

A adoração ao Imperador
No império romano havia liberdade de culto para todas as religiões desde que a pessoa do  imperador fosse também  incluída na adoração. À medida que cristianismo crescia, a igreja sofria  cada vez mais oposição por parte da sociedade pagã e do próprio Estado, uma vez que a abstinência  da adoração ao imperador ficava explícito. Quando a sociedade pagã chamava os imperadores pelo titulo “augusto”, diziam que o tal era divino, os cristãos ao recusarem o uso desse termo eram acusados de serem desleais ao imperador.

A adoração aos ídolos
A vida romana estava entrelaçada com a idolatria, por isso a falta e um templo para a adoração e o desuso de imagens de esculturas nos ritos fazia as pessoas pensarem que os cristãos eram ateus e inimigos dos deuses.

As reuniões secretas dos cristãos
Devido a perseguições, os cristãos passaram a se reunir em lugares secretos á noite, onde praticavam o “ ágape” e a santa ceia, isto foi confundido pelo o povo  com  festas onde havia orgias com incestos, inclusive, interpretando mal o fato de os cristãos se chamarem de irmãos e praticarem o “ágape”.O povo  achava que os cristãos comiam carne de recém-nascidos,  devido ao que ouviam falar sobre a Ceia, na qual comiam a carne de Jesus, relatendo o nascimento de Cristo.Esta falsa interpretação que levou a sociedade pagã a condena-los.

Os interesses econômicos
O cristianismo se tornou uma ameaça para o comércio idolátrico. Os cristão entraram em conflitos com os vendedores de imagens que perdiam a cada dia  seus clientes.

Incendiários
No ano 64 d.C, o famigerado Nero, mandou incendiar Roma e colocou a culpa nos cristãos.Centenas de cristãos foram presos e condenados injustamente.

Uma breve visão das perseguições
A primeira das grandes perseguições  movida pelo Império deu-se na época de  Nero. A partir daí, outras perseguições ocorreram, mas elas nem foram de cunho universal, nem de duração contínua, as perseguições universais só apareceram  aos 250 anos  quando a igreja estava mostrando ser forte  em todo império . Em muitos casos,  dependia do governo da província. Após Nero, Domiciano (90-95) moveu curta, mas feroz perseguição aos cristãos,  foi nessa época que João  foi exilado na ilha de Patmos.
  No segundo século, até 313, ocorreram as seguintes perseguições:
Trajano (98 -117) - proibiu as sociedades secretas, incluindo o cristianismo e determinou que  o Estado não deveria gastar seus recursos caçando os cristãos, mas os que fossem denunciados deveriam ser levados ao tribunal e instados a negar a Cristo e adorar os deuses romanos. Quem não o fizesse deveria ser condenado à morte.

Adriano ( 117 - 138) – Seguiu a mesma política de Trajano.

Marcus Aurelius ( 161 – 180 ) Embora fosse um imperador culto e estóico, os cristãos foram mais perseguidos sob seu reinado que seus antecessores.A perseguição movida por Marcus não foi universal, e sim de caráter regional. Foi nesta perseguição que Justino foi martirizado em Roma em 166.

Comodus ( 180 – 193 ) Foi o imperador mais pacífico aos cristãos.

Sétimo Severo ( 193 – 211 )No principio foi pacífico ao cristianismo, porém, em 202 anunciou uma lei proibindo aos súditos do império conversões ao judaísmo e cristianismo. A perseguição teve maior força no Egito e em Cartago.

Maximiano (235) condenou à morte Hipólito e Ponciano. Ambos consideravam-se bispos de Roma. 

Décio ( 249 – 251 ) O imperador Décio perseguiu cristãos por todo o Império decretando a primeira perseguição universal. A perseguição foi  tão alastrosa que Cipriano fez a seguinte declaração: “O mundo inteiro esta devastado”. Foi devido a crueldade dessa perseguição que Orígenes, um dos homens mais sábios de igreja, depois de haver sido torturado, faleceu.As perseguição universais promovidas por Décio foi também uma forma de  celebrar o milésimo aniversário de Roma.

Galenius ( 260 – 268 ) Houve trégua na perseguição entre Galenius  e Deuclessiano.

 Dioclessiano ( 284 – 313 ) Diocleciano iniciou nova perseguição caráter universal aos cristãos (297).Na tentativa de apagar o nome “cristão” do império, perseguio os crentes pelas cavernas e florestas a dentro, condenando-os através das mais  cruéis e imagináveis torturas.


Os Mártires
( do ano 100 à 313 d.C )
Vários foram os mártires cristãos nesse período  da igreja: Simeão Inácio, no período compreendido entre os reinados de Trajano e Antonino Pio;Policarpo e Justino, o Mártir, sob o reinado de Marco Aurélio;Leônidas e  Perpétua, sob o reinado de Sétimo Severo; Cipriano e Sexto, durante a perseguição movida pelo imperador Valeriano.
 Perseguiram ainda a Igreja os imperadores Décio, Diocleciano e Galério

As heresias
Além das perseguições externas, o Cristianismo enfrentou um inimigo muito mais terrível, de caráter interno, as heresias, sendo muitas delas propostas por líderes de igreja locais de grande influência.
Os ebionitas farisaicos em sua natureza. Não reconheciam o apostolado de Paulo e acatava Pedro e Tiago. Cria que Jesus era o messias, porém negava sua natureza divina e seu nascimento virginal, exigiam que os cristãos gentios se submetessem ao rito da circuncisão
Os elquesaítas, também rejeitavam o nascimento virginal de Cristo, mas julgavam-no um espírito ou anjo superior. Guardavam a circuncisão e o sábado; havia ritos de lavagens, sendo-lhes atribuídos poderes mágicos de purificação e reconciliação; a mágica e a astrologia eram praticadas entre eles..
O  Gnosticismo, Gnosticismo vem do grego, “gnosis”, que significa “conhecimento”. Não era um grupo especifico, mas sim, uma corrente  filosófica.  Como havia várias linhas de gnosticismo, vamos relacionar as principais heresias indiscriminadamente:
  • Salvação era alcançada através do conhecimento esotérico de mistérios
  • Ensinava uma distinção entre o Jesus humano e o Cristo,
  • Na cosmovisão gnóstica, tudo que era material era essencialmente mau, e o que era espiritual era essencialmente bom
  • O Deus do Novo Testamento não poderia ser o deus do Antigo Testamento
  • O deus do AT era tido como Demiurgo, o criador do mundo visível.
  • Jesus tornou-se anjo
  • Jesus não era um ser divino ( As testemunhas de jeová são descendentes dos gnósticos nesse aspecto )
Márcion ( 160 d.C)- Ensinava que Iavé, o Deus do AT não era o Deus do NT, este, o Deus supremo. Iavé era um deus mau, ou pelo menos ignorante, vingativo, ciumento e arbitrário. Márcion rejeitou o Antigo Testamento, que até então eram as Escrituras aceitas na Igreja Cristã (o cânon do NT ainda não havia sido elaborado). Formulou um cânon para si e seus seguidores, que constava do evangelho de Lucas, expurgado do que ele considerava “judaísmo”, e das cartas de Paulo. Ensinava que não haverá juízo final, negava a criação, a encarnação e a ressurreição final.
Márcion formou uma igreja independente e seu ensino se tornou uma terrível ameaça para a igreja, que na época não possuía um corpo doutrinário estabelecido e reconhecido por toda a cristandade.

Os Pais da Igreja

Os chamados “ Pais da Igreja” são assim chamados, devido a braveza e a coragem que estes, seja mártires anônimos, que deram suas vidas mas não negaram a Jesus ou homens que formularam as doutrinas a fé cristã, se opuseram as ameaças  do  Estado Romano e as heresias surgidas no seio da Igreja Cristã. Estes homens são chamados de Pais da Igreja,cujos ensinos passamos a resumir:
INÁCIO ( 110 d.C )Bispo de Antioquia da Síria, discípulo do apostolo João.Ao fazer uma visita  a cidade de Antioquia, o imperador Trajano mandou ânon-lo e condenou á morte no anfiteatro romano onde seria lançado às feras. No caminho para o martírio em Roma, ele exultou pelo fato de morrer por Jesus Cristo e escreveu uma carta para os cristãos de Roma relatando sua ansiedade por obter tal honra. Inácio disse:
“Que as feras atirem-se com avidez sobre mim, se elas não se dispuserem a isso eu as provocarei. Vinde, multidões de feras; vinde, dilacerai-me, estraçalhai-me,  quebrai-me os ossos,  triturai-me os membros; vinde cruéis torturas dos do demônio; deixai-me apenas que eu me uma a Cristo.”

POLICARPO (69 – 156 d.C )Bispo de Esmirna, Ásia menor,discípulo de João. Foi preso e condenado, antes porém, na presença do governador, foi-lhe oferecido  liberdade se negasse o nome de Jesus Cristo, porém  Policarpo respondeu:
“Oitenta e seis anos faz que eu sirvo a Cristo e Ele nunca me fez mal; como poderia eu, agora, nega-lo, sendo Ele meu Senhor e Salvador?”
IRINEU ( 130 – 200 d.C ):Nascido no Oriente e e criado em Esmirna conheceu Policarpo do qual tornou-se discípulo. Foi bispo de Lion. Escreveu Contra Heresias, investindo principalmente contra os gnósticos. É considerado um dos maiores lideres teólogos de todas as épocas. Escreveu a obra Contra as Heresias em 165 d.C. É de Irineu  a seguinte frase:
“Nós seguimos ao único Mestre verdadeiro e firme, o verbo de Deus,  nosso Senhor Jesus Cristo, o qual, mediante o seu amor transcendente, se tornou o que somos, a fim de que nós pudéssemos transformar naquilo que é Cristo, fazendo com que esta esperança voltasse a brilhar  com intensidade nos corações dos fiéis”
JUSTINO, O  MÁRTIR: Foi um dos principais defensores da fé cristã, foi um dos homens mais competentes do seu tempo, era filósofo e escreveu livros importantíssimos que relata a história da Igreja do século II. Seu martírio aconteceu em Roma  em 166.
 ORÍGENES ( 185 – 254d.C )Orígenes nasceu em Alexandria, foi ao lado de Tertuliano, um dos homens mais eruditos da Igreja Antiga nos séculos II e III. Se tornou mestre com dezoito anos de uma escola teológica  da Igreja de Alexandria. Seu livro ”Hexapla” (O Antigo Testamento em seus idiomas), foi sua maior obra.Orígenes foi preso e torturado por amor ao evangelho.
HIPÓLITO Discípulo de Irineu e apologista. A tradição diz que ele sofreu o martírio em  Roma. Contestou, em toda sua trajetória cristã, os ensinos gnósticos. O livro “Refutação de Todas as Heresias”,se tornou sua principal obra.
TERTULIANO Homem de grande saber teológico e jurídico, apaixonado pelo cristianismo, foi o primeiro a usar o termo “Trindade”  e a defender a “tri personalidade de Deus”. Foi ele quem primeiro enfatizou o fato de que as três Pessoas são uma só substância, susceptível de número sem divisão.
Há muitos outros Pais da Igreja que gostaríamos  de mencionar aqui, mas por questão de espaço, queremos remeter os leitores e alunos a fazerem consultas e pesquisas, destes e outros arautos do evangelho,  mais profundamente, em outras fontes.
O LADO POSITIVO DA PERSEGUIÇÃO
Os apologistas se manifestaram
Como já vimos, a perseguição interna na igreja, foi um das piores perseguições, pois ameaçou frontalmente a base doutrinária do cristianismo. No entanto, como já vimos, os Pais da Igreja, se levantaram opondo-se às heresias,  formulando a base de fé da Igreja e deixando para nós escritos históricos de imenso valor, de modo que, tudo o que podemos saber sobre as heresias e as ameaças do gnósticismo,  marcionismo, arianismo, os ebionitas e outros grupos  e correntes, somente nos seus escritos nos são  fornecidas.

A definição do cânon
 A igreja no seu plano interno, face as ameaças das heresias, tratou de definir um Cânon, que seria a lista dos livros considerados inspirados. Com sabemos, os escritos do Novo Testamento foi concluído aproximadamente no ano 95-100 desta era, no entanto, a formação e reconhecimento do cânon do Novo Testamento só foi feita no terceiro século.Antes da formação do Cânon, havia inúmeros evangelhos, cartas, apocalipses circulando nas mais diversas igrejas. Nem todos os escritos eram aceitos como inspirados.Alguns eram lidos em certas igrejas e não eram lidos em outras.Alguns deles, como por exemplo, Hebreus, Tiago, II Pedro e Apocalípse, eram aceitos no Oriente, e durante muito tempo foi recusado no Ocidente e,  por incrível que pareça, muitos livros que não fazem parte do cânon hoje, era  lidos no Oriente.Entre eles estão: Epistola de Barnabé, Pastor de Hermos,  Ensinos dos Doze Apóstolos e o Apocalipse de Pedro. Com as ameaças de Márcion que só aceitava o evangelho de Lucas e as epístolas paulinas e frente a perseguição levantada por Diocleciano, onde todo  cristão que fosse encontrado com livros de natureza cristã era condenado à morte, se fez importante analisar se o livro pelo qual o cristão fora condenado á morte era realmente inspirado. Conclusão: não houve um concílio para definir quais os livros nem quantos formariam o NT. Essa escolha se deu por consenso, tendo alguns livros sido reconhecidos com mais facilidade que outros.

Os escritos apócrifos
Você, já ouviu falar do Novo Testamento apócrifo? O Novo Testamento apócrifo é constituído dos escritos dos Pais da Igreja que não passaram no padrão do cânon, embora não sejam inspirados, contém grande valor histórico.Eles não estão reunidos em um só volume como é o nosso Novo Testamento, e temos pouco acesso a eles.

Ensino dos doze ( escrito entre o ano 70 e 165)
Epístola de Barnabé ( entre 70 e 120 d.C )
Epístola de Clemente de Roma a Corinto ( 95 d.C )
Sete cartas de Inácio ( 110 d.C )
 Epístola de Policarpo aos Filipenses  (110 d.C)
Pastor de Hermos ( 100 e 140 d.C )

A definição de um credo
A Igreja perseguida também estabeleceu sua regra de fé, a mais antiga é  chamado de “Credo Apostólico”, esse credo trazia um resumo dos pontos de fé que o cristão genuíno deveria professar. Eis o “Credo Apostólico”:
“Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador do céu e da terra. Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; no terceiro dia ressurgiu dos mortos, subiu ao céu, e está sentado à mão direita de Deus Pai, todo poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na santa igreja católica; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados, na ressurreição do corpo e na vida eterna”
A organização eclesiástica
A igreja também se organizou estruturalmente. Definiu a sucessão apostólica e o bispo monárquico no intuito  garantir a unidade da igreja, originando-se então o que é chamado de Igreja Católica Primitiva, o termo “católica”, siguinifica: universal.

O surgimento das escolas teológicas
A  Escola de Alexandria, foi a mais expoente  escola de Teologia na história da  igreja.Seus principais expoentes foram Clemente de Alexandria e Orígenes.

III- IGREJA CATÓLICA PRIMITIVA ( DO ANO 180 ATÉ O EDITO DE CONSTANTINO EM 313 D.C  – 133 ANOS)

Classificamos o período de 180 à 313 d.C, como período da Igreja Católica Primitiva. Já que o termo “católico” quer dizer “ universal”, esse período fala das características da igreja que estava espalhada no mundo inteiro. É durante esse período que a igreja começa a cair no relaxismo espiritual e moral, aderindo aos poucos às tendências pagãs e aos conceitos antibiblicos que seriam aceitos oficialmente mais tarde.
 Nesse período já havia tendências do papado  e da sucessão de Pedro,os bispos  das capitais do império já reivindicava para si títulos de acerbispos “ bispo chefe” e bispos metropolitanos, a missa começou ganhar forma.Nessa época houve as primeiras práticas de batismos de crianças (com padrinhos), e a partir do II século os vislumbres do que seria mais tarde chamado de “Igreja Católica Apostólica Romana,  começa surgir conforme podemos observar no cronograma abaixo:
215 Sabélio começa a ensinar a heresia unissista ou o “ sabelissmo” ( Ensinava que Deus era um só e negava a distinção entre as três pessoas).
217 - Calixto assume o  bispado em Roma: aumenta o sincretismo entre o cristianismo e outras religiões pagãs.
217 - Nova divisão na igreja primitiva: Hipólito também proclama-se bispo de Roma e acusa Calixto de apoiar o herege Sabélio.
218-23- Surge a lenda de que Pedro foi o 1° papa.
235 - Maximiano condena à morte Hipólito e Ponciano. Ambos consideravam-se bispos de Roma.
251- Nova divisão na igreja primitiva: Cornélio é eleito bispo de Roma, alguns cristãos. querem Novaciano, então surge o Novacionismo.
251Acontese uma assembléia em  Roma contra o cisma de Novaciano.
257- As doutrinas Sabelianas propaga-se entre os cristãos da Lídia.
261 - Édito de tolerância para os cristãos.
270 - Santo Antônio dá origem a vida monástica no Egito.
300 - Surge a primeira lei de celibato para os sacerdotes.







IV - IGREJA CATÓLICA ROMANA ( DO EDITO DE CONSTANTINO EM 313 D.C ATÉ A QUEDA DE ROMA EM 476 – 163 ANOS)

Contexto histórico
“Sob este signo vencerás”. No ano 313, o imperador Constantino, na véspera de uma importante batalha contra Maxêncio, vendo a dificuldade de sair vitorioso na luta, resolveu invocar o Deus dos cristãos. Declarou à sua tropa militar que havia tido um sonho onde viu no firmamento uma bandeira com o símbolo cristão da  cruz, na qual aparecia as seguintes letras em forma de fogo,  “ In hoc signo vinces”, que no latim quer dizer “Sob este signo vencerás”. Tomando o suposto sonho como uma profecia divina, conseguiu encorajar a tropa que milagrosamente derrotaram seus inimigos na batalha da ponte Mílvia sobre o rio Tigre.
Independentemente de a visão ter ocorrido ou não, não há como duvidar de que o favorecimento que a igreja obteve foi um expediente de Constantino, que teve seu lado positivo e negativo na história, sendo que o lado negativo comprometeria para sempre o fator doutrinário e espiritual da igreja a partir daí. Em 313, após a vitória que o levou ao trono no Ocidente,  decretou o Edito de Milão que deu concessão de liberdade religiosa pondo um fim nas perseguições feitas aos cristãos.  Embora Constantino tenha promovido o cristianismo, a igreja, na verdade, só foi oficializada com Teodózio em 391. Nesse período em que a igreja é beneficiada e se torna a entidade religiosa oficial do império romano,  passa ser conhecida como: Igreja Católica Apostólica Romana.

Acontecimentos favoráveis a Igreja
·         Os cristãos saem das bocas dos leões para o palácio;
·         O domingo é considerado oficialmente o dia de descanso;
·         A crucificação de cristãos foi reprimida;
·         O infanticídio foi abolido;
·         As condições de vida de escravos foram melhoradas;
·         As lutas de gladiadores foram abolidas;
·         Isentou  o clero das obrigações militares e municipais e de pagar impostos ;
·         Eliminou certos costumes e ordenanças pagãs ofensivas à igreja;
·         Incentivou e contribuiu  com a construção dos primeiros templos e propôs a construção da basílica de São Pedro;
·         Ensinou seus filhos com a educação cristã;
·         Em 324, Constantino garantiu que cada convertido receberia  20 moedas de ouro e um traje  branco para cerimônia batismal. Doze  mil homens foram batizados naquele ano;
Constantino, considerava-se o “ O Bispo dos bispos”, porém, não achou sensato batizar-se logo no inicio de sua conversão, somente a poucos dias antes de sua morte, no ano 337 d.C;
Acontecimentos desfavoráveis a igreja nesse período
·         Surgimento do primeiro papa e o aumento do “ poder” da igreja
·         Afluência indiscriminada de pessoas a igreja, inclusive por decreto
·         Diminuição do nível moral cristão
·         Surgimento das primeiras imagens e adoração a Maria em lugar de Diana
·         Transferência da sede da igreja de Roma para Constantinopla ocasionando uma Igreja e um Estado dividido;
·         O cristianismo se tornou religião  secular-  Religião do Estado;
·         Os pagãos se tornavam cristãos nominalmente, sem abandonar seus deuses, e objetos de adoração;
·         Os templos encheram - se de relíquias de adoração devido a  inconversão dos pagãos;
·         A igreja cheia do poder e autoridade dada pelo império, tornou-se mais cruel (do que as próprias religiões pagãs), quando perseguia aqueles que não concordavam com elas;
·          Era impossível viver uma vida cristã reta dentro da igreja corrompida, diante desse fato, muitos optaram por abandonarem a igreja e irem para ambientes desertos, onde cultivaram, livres do mundanismo, uma vida de  jejum e oração.
Tendências e Aparecimento do Poder Papal
No ano 330, Constantino transferiu a capital do império para a cidade de Bizâncio, a qual passou a ser chamada de Constantinopla. Isso contribuiu no fortalecimento do bispo romano que ao invés de enfraquecê-lo, ocupou o primeiro lugar tornou-se bispo dos bispos e rei secular de Roma ao mesmo tempo.
V- IGREJA MEDIEVAL ( DO ANO 476, DA QUEDA DE ROMA, ATÉ A REFORMA PROTESTANTE EM 1517)
Contexto histórico
Em 476 d.C, quando a cidade de Roma foi conquistada pelos bárbaros, e o Império Romano Ocidental deixou de existir a Igreja por sua vez, também deixa de ser Imperial, mesmo continuando a ser chamada  de Igreja Católica Apostólica Romana. Por essa razão, nas classificações dos períodos que constituíram a História da Igreja, o ano de 476 d.C se torna a linha  divisória que marca o fim da Igreja Imperial e o inicio de uma nova fase chamada Idade Média.

Motivos da queda do Império Romano Ocidental
O Império Romano entrou para a história como o Império de maior duração. Foram 500 anos. Cinco séculos seguidos! Mas assim como todas as potências imperiais anteriores tiveram seu fim, o Império Romano também não conseguiu permanecer para sempre.
Particularmente, considero ser o cristianismo o principal agente que gerou as condições e circunstâncias necessárias para a queda de Roma. A união da Igreja Católica com o Estado não só afetou para sempre o corpo doutrinário e espiritual da Igreja, mas também afetou profundamente a base de sustentação do próprio Império. O “casamento” da Igreja com o Estado proporcionou as condições necessárias para a destruição de ambos. Veja por quê:
·         A Igreja:
Como vimos, a Igreja deixou de ser uma entidade espiritual para se tornar uma entidade secular.Em si, ela perdeu a essência do verdadeiro cristianismo, logo deixou de ser a Igreja verdadeira, a Igreja de Jesus Cristo, sem mácula, sem mancha , sem rega e defeito(Ef 5:27 ).
·         O Estado:
O Império Romano estava sustentado por duas bases: a escravidão e o seu poderoso exército. A vida do Império funcionava assim: os escravos trabalhavam no pesado para dar garantia de sobrevivência e conforto aos romanos livres, que incluía os soldados. Os soldados, por sua vez, garantiam as conquistas, a organização, à submissão dos povos conquistados a Roma e proteção nas do Império contra as invasões.
O problema da queda de Roma foi justamente a não ter conseguido sustentar e manter a escravidão e o exército. Você está lembrado que em 391 d.C  o cristianismo foi oficializado como religião do Império?Pois bem, a partir daí, visto que Constantino havia transferido a sede do Império para Constantinopla (330 d.C ),  deixando o  Império Ocidental nas mãos do bispo de Roma  que se tornou chefe religioso e político de Roma ( o imperador, na prática, se tornou um fantoche subordinado ao bispo ). Assim sendo, o Império Ocidental deixou de fazer novas conquistas. Na prática, o cristianismo desestimulou a guerra. Se não conquistava mais também não conseguia ampliar o estoque de escravos, que também aos poucos iam morrendo devido as baixas condições de vida. Dentro desse novo sistema, a população romana cresceu em desproporção com a escravatura que era a principal fonte de lucro, com isso a economia foi aos poucos sendo afetada ao ponto de o Império não ter mais as condições de sustentar todo seu exército. Houve, portanto, crise econômica e militar, afinal, o exército romano ficou muito carro. Era necessário muito dinheiro para a compra de armas, equipamentos, cavalos e comidas para todo o exército. O alto clérigo que se assenhoreou do Império Ocidental não estava preocupado com isso. Por estas razões, os bárbaros aproveitando-se de um Império Romano diferente do que já havia sido, avançaram e  por final conquistaram Roma em 476 d.C. O Império Romano Ocidental pobre e enfraquecido militarmente  deixou de existir.

A queda do Império Romano Oriental (Império Bizantino )
Apesar da queda de Roma em 476 d.C,  o Império Romano do Oriente continuou existindo até o século XV. Constantino havia transferido a capital do Império para Constantinopla atual Istambul – Turquia. Essa parte do Império só caiu em 1453 com a invasão da cidade de Constantinopla pelos turcos – otomanos. A duração do Império Bizantino foi de 1000 anos.
A Idade Média

O estado espiritual da Igreja Católica no Antigo Império Romano
A Igreja no início da Idade Média permaneceu uma, mesmo estando o Império dividido desde 395. No Antigo Império Romano, a Igreja havia se afundado num profundo estado de cegueira espiritual, moral e doutrinária. O papa se tornara senhor e chefe absoluto de todo território do Antigo Império Ocidental.
A Igreja foi envolvida direta e indiretamente em guerras de caráter políticos e de interesses pessoais do alto clérigo afetando profundamente sua natureza cristã. Em todos os lugares da Europa foi verificado o baixo nível moral dos bispos, monges e clérigos. Muitos eram acusados de glutonarias e de envolvimentos imorais. Em muitos países os clérigos eram promovidos sem o mínimo preparo intelectual, o bispo de Ruão, por exemplo, ao menos sabia ler. Outros verdadeiros escravos e criminosos que penetravam nela só para obter privilégios egoístas. A quem diga que na Europa havia mais padres envolvidos em adultérios e imoralidades do que aqueles que ainda sustentavam a vida na boa conduta.

O estado espiritual da Igreja Católica no Império Bizantino
Em Bizâncio, ou melhor, Constantinopla, era impossível separar a igreja do Estado. O bispo que também reivindicava a posição máxima em disputa com o bispo de Roma, era também Imperador e chefe religioso ao mesmo tempo. O mesmo que sucedeu no seio da Igreja do Antigo Império Romano, sucedia também na Igreja Ocidental.
Veremos então um cronograma trazendo um resumo do declínio moral e doutrinário da Igreja Católica no Período Medieval até a Reforma  Protestante em 1517.

ACONTECIMENTOS QUE MARCARAM A HISTÓRIA DA IGREJA NA IDADE MÉDIA

§  O Cisma do Oriente
Em princípio, a Igreja de Roma e a de Constantinopla eram a mesma e os Concílios Ecumênicos eram assistidos por clérigos do Oriente e Ocidente. Porem, na prática, se separava cada vez mais uma da outra. Essa separação começava pelo idioma e pela herança cultural: a Igreja do Oriente falava o Latim e a do Ocidente falava o grego, orem os Concílios só eram ministrados em língua grega. A Igreja do Oriente tinha herdada a cultura romana; e a do Ocidente era herdado da cultura grega, os Concílios Ecumênicos só eram realizados no Oriente o que gerava insatisfação na Igreja do Ocidente.
Além desses fatores o que mais contribuiu para  a divisão foi a intenção exacerbada do papa de Roma em querer para si o direito de ser senhor do cristianismo. A igreja do Oriente não tolerou a tal pretensão, dando ocasião aos desentendimentos que durariam muitos anos. Finalmente, em 1054 depois de muitas trocas de ofensas, aconteceu o Cisma ( divisão ). A Igreja de Roma se separou definitivamente da Igreja Grega ( Bizantina ou Ortodoxa).
O Concilio de Constantinopla realizado em 879 d.C, foi o último Concilio Ecumênico. A partir daí, a cada igreja fez seus próprios Concílios. O cristianismo ocidental ficou ligado a Igreja Católica e no oriente o cristianismo ficou ligado a  Igreja Ortodoxa, e ambas declararam-se ser a “única igreja de todos os verdadeiros cristãos”. Em Roma, o bispo passou ser o papa, o senhor supremo, sendo considerado pelos  católicos como sucessor de Pedro. Em Bizâncio ( Constantinopla ) a autoridade máxima da Igreja ficou sendo o Santo Sínodo, constituído de Bispos e Patriarcas.

§  O Monastério
Outro fato que marca a História da Igreja na Idade Média,  é o surgimento dos mosteiros e dos monges. Os monges eram , em geral homens da própria Igreja. Eles eram pessoas abnegadas que ao contrário dos bispos e dos padres, não tinham muito contato com a sociedade. Habitavam nos monastérios, cabanas e cavernas.
Nos monastérios os monges não só estudavam e oravam, também trabalhavam cultivando a terra ou fazendo obras de artesanato. O primeiro movimento monástico se deu no Egito através de Antônio (250 – 350 ), que vendeu tudo o que possuía e retirou-se para o deserto. A intenção dos monges era sair literalmente da sociedade mundana e alcançar, sob muitas penitências,  a vida eterna.
Milhares de pessoas na Idade Média seguiu o monasticismo, dando origem a uma série de ordens  de frades e freiras em toda  Palestina, Síria, Ásia Menor e Europa. Com o passar do tempo, muitos monastérios tornaram-se ricos, devido as contribuições de pessoas  ligadas à nobreza.Em função da riqueza muitos caíram na imoralidade.
Em Constantinopla ( Bizâncio), o movimento teve mais  proeminência do que na Europa Ocidental, desaparecendo no final  da Idade Média com a Reforma Protestante.Nos países reformados, foi extinguindo completamente e em países católicos aos poucos foram desaparecendo. É importante lembrar que na Idade Média os mosteiros, ao invés da Igreja, foram quem mais contribuiu na filantropia, educação e na agricultura.

§  As cruzadas
As Cruzadas organizadas pela Igreja Católica na Idade Média foram expedições de caráter mais “militar” do que “espiritual”. O objetivo das Cruzadas eram combater os mulçumanos “inimigos do cristianismo” e libertarem a Terra Santa (Jerusalém) das mãos desses infiéis. O movimento durou desde os  século XI até meados do século XIII. O termo Cruzadas foi dada a essas expedições em virtude de seus adeptos (os chamados soldados de Cristo) possuírem o símbolo da cruz em suas vestimentas. Com o sinal da cruz bordado nas roupas queriam afirmar que havia uma espécie de contrato estabelecido entre os adeptos da Cruzada e Deus.

A mãe das Cruzadas
Partindo desse princípio, posso afirmar  que as peregrinações em direção a Jerusalém, foi um empenho legitimo da Igreja Católica, que valendo-se do predomínio e a da sua influência sobre o comportamento do homem medieval, defendia e incentivava o engajamento dos fiéis na “Guerra Santa”. O papa prometia aos “fiéis soldados” das Cruzadas recompensas divinas como a salvação da alma e a vida eterna, e ainda dizia a participação nas Cruzadas seria um meio de lavar seus pecados, de ganhar a amizade de Deus e de ter o direito de apoderar-se de posses na  Terra Santa  e começarem nova vida. Com esse incentivo, centenas e milhares de pessoas deixaram suas casas e parentes para aventurarem-se como peregrinos e forasteiros caminhando durante meses e anos. Nessas Cruzadas participaram toda espécie de pessoas desde militares até ladrões, mendigos, pessoas endividadas e até crianças. O sofrimento e a  penitência das peregrinações eram conceituadas na mentalidade dos participantes como  “instrumento de purificação e  preparação para o dia da justiça”.
O Papa Urbano II, idealizador da Primeira Cruzada, em sua pregação no Concílio de Clermont, disse aos fiéis: " Deixai os que outrora estavam acostumados a se baterem impiedosamente contra os fiéis, em guerras particulares, lutarem contra os infiéis. Deixai os que até aqui foram ladrões tornarem-se soldados. Deixai aqueles que outrora bateram contra seus irmãos e parentes lutarem agora contra os bárbaros como devem. Deixai os que outrora foram mercenários, a baixo soldo, receberem agora a recompensa eterna. Uma vez que a terra onde vós habitais, é demasiadamente pequena para a vossa grande população, tomai o caminho do Santo Sepulcro e arrebatai aquela terra à raça perversa e submetei-a a vós mesmos".

O trágico resultado
Iludidos, iniciaram a primeira jornada com destino a Terra Santa. Tanto a Cruzada Popular como a das Crianças foi totalmente fracassada. Todas as tiveram um trágico fim, a Igreja  não forneceu os devidos recursos que pudessem manter os peregrinos em sua longa marcha. Para se ter idéia, as crianças não alcançaram a Terra Santa, pois a maioria morreu no caminho, de fome ou de frio. Alguns chegaram somente até a Itália por não suportarem a dura condição de vida imposta pela jornada, muitos se dispersaram, e foram seqüestrados e escravizados pelos mulçumanos. O mesmo se deu com os mendigos da Cruzada Popular. Alguns chegaram somente a alcançar a cidade de Constantinopla (sob péssimas condições), onde foram expulso pelas autoridades bizantinas por se tratarem de um grupo de despossuídos. O bispo de Constantinopla ainda incentivou muitos peregrinos a guerrearem com os infiéis  asiáticos. O resultado foi trágico: sem condições para lutar com os turcos fanáticos, foram massacrados. Além dessas duas cruzadas ( a Cruzada Popular como a das Crianças) , foram realizadas ainda oito cruzadas oficiais, em direção à Terra Santa.






§  O Surgimento do Islamismo
“ Só existe um único deus, que é Alá, e Mohamad é Seu profeta”
Monamed e a aparição de Gabriel
 


Nascido na cidade chamada “Meca” em 570, viveu por muitos anos viajando como mercador pelas rotas dos desertos do Saara. Casado com a rica viúva Cadija, com o passar do tempo, ele sentiu-se cada vez mais envolvido por insatisfações religiosas, pois não conseguia aceitar o cristianismo que naquela época estava entregua totalmente à idolatria e ao paganismo desenfreado, além disso, a vida moral dos representantes religiosos era visto com repúdio por Maomé. Sendo assim resolveu viver solitário  entregando-se à meditação em breves retiros que começou a realizar. Aos 40 anos, em 610,  teve  uma revelação, na qual o “arcanjo Gabriel” lhe revelara que o Todo-Poderoso o havia escolhido para ser  o seu mensageiro. A partir de então, ele dedicou-se a pregar a boa nova na qual dizia que  “Só havia um Deus! Era Alá, e todos deveriam resignar-se perante ele” . Maomé viu ainda em vida sua obra ser consagrada até a morte dele em 632. Em 630, depois de vinte anos de pregação, ele entrou em Meca como um vitorioso.

O efeito do  Islamismo na história
Em seus 1400 anos de existência, o islamismo conseguiu a façanha de converter 1/5 da humanidade a sua fé. Trata-se de uma religião que abriga todas as raças e todas as línguas. Na tentativa de converter  o mundo inteiro,  conflitou durante todas as épocas de sua história com o cristianismo, que também nasceu no mesmo espaço geográfico e que também buscava converter todos a fé de Cristo.

Resumo histórico do procedimento da Igreja na Idade Média:
1201-04 d.C Aconteceu a Quarta Cruzada : guerra da Igreja Romana aos católicos ortodoxos
1208 d.C Tendência da cruzada contra os albigenses (protestantes)
1209 d.C Na França, 60 mil albigenses são mascarados pelos cruzados católicos
1210 d.C Surgimento da Ordem dos franciscanos
1211 d.C Massacre de 100 mil albigenses pelos cruzados católicos
1212d.C Início da Cruzada das crianças
1215 d.C IV Concílio de Latrão: inventada a confissão aos sacerdotes católicos e o dogma da transubstanciação da hóstia
1217-21 d.C Quinta Cruzada: exército católico retoma Jerusalém
1220 d.C Introduzida na Igreja Católica a adoração à hóstia
1228-29 d.C Sexta Cruzada: perda da terra santa pelos cruzados
1229 d.C Concílio de Toulouse: Igreja Católica proíbe aos leigos a leitura da Bíblia e reafirma a Inquisição
1248-50 d.C A Sétima Cruzada
1250 d.CA Bíblia passa a ser dividida em Capítulos
1252 d.C Documento papal de Inocêncio IV autoriza o uso de toda tortura contra os "hereges"
1270 d.C A Oitava Cruzada
1275 d.C A transubstanciação da hóstia é transformada em artigo de fé
1291 d.C Surge a lenda defendida pela Igreja Católica de que a casa de Maria foi trazida da Palestina para a Itália por anjos
1292 d.C Celestino V: o 1° papa a renunciar o papado
1300 d.C Durante o Jubileu, Bonifácio VIII vende Indulgências a todos que peregrinassem até Rom

 

Igreja, Noiva imaculada de Jesus Cristo: Sempre, desde o Iº século!

Antes de entrarmos no estudo da sexta fase da Igreja e falarmos da Reforma Protestante  gostaria de trazer aos alunos  e leitores em geral um princípio  que não podemos em nenhuma hipótese nos esquecer:
A Igreja de Cristo Jesus, pura e sem mancha sempre existiu e existirá, pois há uma promessa em Mt 16:18  que “as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.Como vimos, mesmo  com todo o desvio doutrinário e moral na qual a Igreja da Idade Média se submergiu, Jesus manteve uma Igreja pura na Terra.Essa Igreja não foi conhecida como uma denominação ou uma organização social.Ela não existiu, até certo tempo, como uma organização, mas existiu desde Atos 2 como Organismo, refiro-me aos grupos e indivíduos que em sua geração não se dobraram diante da Igreja adultera e corrompida.
No inicio da minha fé, sempre que estudava História da Igreja  não conseguia enxergar a existência da Igreja de Jesus Cristo no Catolicismo Romano nem na Igreja Grega Ortodoxa, pois ambas haviam se corrompido. Isso me dava um nó na imaginação, pois como é que a Igreja de Deus que está biblicamente predestinado à vitória (Mt16:18 ), em  quase treze séculos seguidos, permanece em uma situação de desvio espiritual, doutrinário e moral sem precedentes? “Quando fazia este questionamento a Deus, Jesus falava ao meu coração dizendo: Filho vou  mostrar-te como a minha Igreja foi preservada durante esse tempo caótico”. Aos poucos Deus começou, a medida que eu estudava, me dar uma relação de nomes de pessoas e grupos  que me deixou convicto de que, realmente, a palavra de Deus não falha. A Igreja de Jesus existiu nas pessoas e grupos que passaremos a expor, logo ela sempre existiu:

·         Valdenses (anos 150 a 1240 D.C. (quando Roma os assassinou); Vale de Vaudois, Alpes Italianos. Em 1532, remanescentes juntaram-se aos Calvinistas, no Sul da França)
Montanistas (155 a séc.4; Frígia)
·         Tertulianos (400 a ?; Cártago e Oriente; semelhantes aos Montanistas, sem os erros de alguns deles)
·         Novacianos (séc. 2 e 3)
·         Paterinos
·         ANABATISTAS (nome genérico, dado a todos os tipos de grupos não submissos ao Catolicismo e que só aceitavam batismo de j
·         . Em 1400: Huss; 1523: Conrad Grebel)
·         Donatistas (311 – séc. 5; Norte da África)
·         Cátaros (séc. 5 a 1209; Sul da França)
·         Albigenses (? a 1209; Sul da França)
·         Petrobrussianos
·         Paulicianos (séc. 7 a 9)
·         Arnoldistas (séc. 12)
·         Henricianos (séc. 12)

Esta é apenas uma pequena relação de  precursores que  jamais se submeteram ao paganismo nem ao romanismo. Durante os 4 séculos mais ferozes da Inquisição, a partir do século VII, a Igreja Católica exterminou mais de 74 milhões de crentes.Por ai dá para se ter uma idéia da grandeza dos Remidos em meio a Idade negra da igreja católica.   

VI- IGREJA REFORMADA ( DA QUEDA DA CONSTANTINOPLA – ANO 1453- AO FIM DA GUERRA DOS 30 ANOS – ANO 1648- DURAÇÃO 195 )

Contexto histórico
  • UMA ÉPOCA PARA REFORMAS
No fim da idade média os alicerces do velho mundo estavam em ruínas. Nesta  época houve várias transformações. As mudanças foram cada vez mais expressas com: as descobertas de novos mundos por Colombo e Cabral; a conciência de um estado universal em lugar do conceito de nação-estado; a formação das cidades; a  mudança do feudalismo para a economia comercial.Também na cultura e na arte hove transformações com o surgimento do Renascimento preparara o terreno para protestantismo  desenvolver-se. Vale resaltar que todas as mudanças citadas afetaram a Igreja Católica Romana sendo que a Reforma protestante foi a que mais abalou a estrutura do catolicismo romano.
§  ANTECEDENTES DA REFORMA
        Como já estudamos na página 17, a Igreja Ocidental da Idade Média havia sofrido o Cisma do Oriente devido a uma série de decadência que continuou a evoluir. Entre os anos de 1378 e 1417 d.C, essa decadência chegou ao ápice  ao ponto de acontecer a transferência da sede papal em Roma para a cidade francesa de Avignon. Para se ter uma idéia da decadência da igreja católica e do papado, nessa época houve uma eleição simultânea de dois e até de três papas ao mesmo tempo.Havia muita prática de imoralidade e nepotismo por parte dos pontífices, razão pela qual, se verificou a necessidade gritante de uma reforma radical no seio da igreja.

Movimentos reformistas internos na igreja
Como já vimos no estudo acima ( pág.20), a Igreja de Cristo sempre existiu atreves dos remanescentes que não aderia ao paganismo da igreja católica.Antes da Reforma Protestante acontecer, estes fervorosos servos de Deus já protestavam,muitas vezes com a própria vida, aos desvios doutrinário da igreja.Estes foram os principais movimentos que precederam a Reforma Protestante em aberta oposição à corrupção da igreja católica:

Os valdenses - no século XII , também chamados de "os pobres de Lyon" ou "os pobres de Cristo", eles protestavam contra a autoridade eclesiástica, o purgatório e as indulgências; ”Os valdenses são uma denominação cristã que teve sua origem entre os seguidores de Pedro Valdo, morto em 1217.
Desde o início, os valdenses afirmavam o direito de cada fiel de ter a Bíblia em sua própria língua, sendo esta Bíblia a fonte de toda autoridade eclesiástica.
Os valdenses reuniam-se em casas de família ou mesmo em grutas, clandestinamente, devido à perseguição da Igreja Católica. Celebravam o batismo por imersão na idade da razão e a Santa Ceia uma vez por ano. São considerados como uma igreja pré-reformada.

Os cátaros ou albigenses, defenderam nos séculos XII e XIII a si próprios os únicos que conduziam a verdade e a pureza. Até certo ponto com muita razão pois estavam diante duma igreja apostata;
 Os Petrobrussianos condenava a missa e o celibato dos padres, defendia que os padres deveriam casar-se;
 No século XIV, na Inglaterra, John Wycliffe.As idéias de Wycliffe exerceram influência sobre o reformador tcheco João Huss e seus seguidores na Boêmia, os hussitas e os taboritas, nos séculos XIV e XV.
Entre essas vozes protestantes destaca-se também a do monge dominicano Savanarola o qual, foi preso, torturado e enforcado a mando do papa.XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
       Em suma, embora a Reforma Protestante não tenha acontecido na época destes distemíveis percussores, todavia foram eles quem prepararam o caminho e lançaram os alicerces da coragem e bravura no confronto com Roma. Eles lançaram apenas o fagulho na palha seca que se tornaria mais tarde, através da Reforma de Lutero, uma chama impagável no mundo inteiro.

§  O ESTOPIM PARA A REFORMA
      A faísca acende as chamas em 1517, na ocasião em que estava acontecendo a venda de indulgências para a basílica de São Pedro. Tetzel um padre dominicano, incumbido pelo Alto Pontífice vendia as indulgências com grande gabação dizendo que cada vez que tinir  a moeda ao cair no cofre do frade, uma alma pula do purgatório para o céu.Além disso, vendia também gravetos que se dizia ser da sarça ardente de Moisés, ossos que pertencia ao burrego de são José, espinhos que teria sido da coroa de espinhos  de Cristo e outros.

§  A REAÇÃO DE LUTERO
       Diante desta situação, Lutero corajosamente  protestou fixando suas 95 teses na porta do próprio templo católico condenando o uso das indulgências. Diante disso o papa Leão X, enviou  uma bula “Exsurge Domine” ameaçando Lutero de excomunhão. Mas já era tarde demais.As teses de Lutero já haviam sido espalhadas por toda a Alemanha. Lutero foi intimado a comparecer a dieta de Worms para negar suas idéias. Porém respondeu ele que não negaria nada do que disse.Na dieta de Spira em 1529, os cristãos reformistas foram chamados pela primeira vez de “protestantes”, devido ao protesto que os príncipes alemães fez ante o autoritarismo do catolicismo.


§    REFORMADORES

    

Martinho Lutero: Nasceu na cidade Eisleben, em 10 de Novembro de 1483. Veio de uma família humilde, seus pais Hans Luther e sua mãe Margarete Ziegler Luther eram camponeses. Teve uma próspera carreira acadêmica: foi ordenado sacerdote em 1507 entrando na ordem agostiniana, estudou filosofia na Universidade de Erfurt, doutorou-se em teologia e lecionou como professor em Wittemberg. Também recebeu o grau de mestre em artes. Lutero deixou oficialmente a igreja romana em 1521.

 Huldreich Zwinglio: Nasceu em 1484 no povoado de Wildhaus, da família de fazendeiros, Zwinglio, recebeu o grau de bacharel em artes estudando nas Universidades de Viena e Basiléia. Antes disso, havia se tornado sacerdote católico onde Glarus foi sua primeira paróquia. Por volta de 1519, já sob a influencia dos escritos de Erasmo e Lutero, começou a pregar em Zurique, contra certos abusos da Igreja Católica e logo em seguida a deixou, convertendo-se.



João Calvino: Nasceu em 1509 na cidade francesa de Nóyon na Picardia. Seu pai era cidadão abastado e por isso se valeu do benefício de estudar na Universidade de Paris. Depois foi estudar advocacia na Universidade de Orleans e em Bourgs. Calvino converteu-se às idéias reformadas em 1533. Foi forçado a abandonar a França por colaborar com a reforma, instalando-se em Basiléia onde terminou sua obra “As Institutas da Religião Cristã”.

João Knox:
(1515-72) era padre escocês, cerca de 1540, começou a pregar idéias da Reforma. Em 1547 foi preso pelo exercito Francês e mandado para a França. Passou por Genebra onde absorveu de modo completo a doutrina de Calvino. Em 1559 voltou a Escócia para liderar um movimento de Reforma Nacional.
                                                            AxContra-Reforma
      Devido ao avanço do protestantismo por toda a Europa, a igreja católica moveu uma série de perseguições aos reformadores e aos novos protestantes. A chamada “Contra Reforma” intensificou ainda mais com as perseguições promovida pelo catolicismo, como método de represália.
Por volta de 1540, a Igreja Católica reage furiosamente no intuito de deter o avanço do protestantismo que conquistavam cada vez mais os estados católicos. A Contra-Reforma serviu também para revitalizar a Igreja. Vejamos os instrumentos utilizados, seus objectivos e consequências da Contra Reforma:
Instrumentos da Igreja Católica
Foram o objetivo principal da Contra Reforma era  a reafirmação do dogma, do culto tradicional e a (re)conversão de fiéis, mesmo que de forma forçada. Para atingir estes  objetivos foram instituidas  três istrumentos:o Concílio de Trento, em 1545 que reafirmou os dogmas católicos, as medidas de represálias aravés do Index e da Inquisição e a evangelização  por meio da Companhia de Jesus ( os Jesuitas).
 
  •   Companhia de Jesus
A Companhia de Jesus foi o instrumento que  teve maior impacto em relação as outras ordens. Fundado por Inácio de Loiola  em 1534, após conseguir o reconhecimento do Papa Paulo III por meio de uma bula pontifícia em 1540. Esta bula definia a missão dos jesuítas que consistia na: confissão, ensino e pregação. Tinham também como objectivo, trazer de volta para o catolicismo  antigos católicos perdidos para o protestantismo ou paganismo Os jesuitas deviam prestar fidelidade ao papa e à companhia em geral por meios de votos de pobreza, obediência, castidade.
Após o Concílio de Trento eles foram pelo mundo difundindo a sua mensagem combatendo as igrejas protestantes por onde quer que encontrase através da evangelização.

  •    Inquisição e Index - Repressão  
Em meados de 1542 dá-se início o tribunal do Santo Ofício, a conhecida Inquisição um terrível sistema de métodos de torturas e repressões. O papa Paulo III, fundador do “Santo Ofício”, assegurava aos funcionários desta instituição que eles estavam seguros daquilo que faziam, dizia para eles Deus concordava com aquilo que faziam.
A Inquisição foi, no início, uma instituição espanhola que veio antes  da contra-reforma. O seu método já era preticado na Espanha e consistia em condenar os suspeitos que eram denunciados anonimamente. Usavam todas as sortes de torturas imagináveis para fazer o réu renegar suas idéias e convicções, mesmo sendo o réu inoscente. A inquisição funcionava numa parceria Igreja e Estado, ou seja, a igreja católica condenava o réu e o Estado sentenciava à morte na fogueira.
O “Santo Ofício” foi o instrumento mais negativo e aterrador da Contra-Reforma. O “Santo Ofício” pôs fim a liberdade de pensamento e comunicação em toda a Europa, que por muitos anos limitaram-se, a cultural ficou bloqueiada.  

  • Concílio de Trento
O Concílio de Trento promoveu uma a reforma geral de caráter interno na Igreja Católica, definindo os dogmas católicos reafirmando todas as heresias aceitas anteriormente como: a prática dos sete sacramentos, a adoração da virgem e dos santos (ao contrário dos protestantes) e o culto com o cerimonial apropriado (missas, procissões, a inclusão dos livros apócrifos na bíblia sagrada, etc.).  foi também um forte instrumento de combate à Reforma Protestante. Era composto de padres e teologos .
Mesmo com a organização do Concílio de Trento a Igreja não conseguio orientar-se, pois precisou caminhar por veredas mais repressivas e violentas para afirmar a sua autoridade.
Efeitos negativos da Contra-Reforma :
  • Foram desenvolvidas medidas de represálias e violência como a Inquisição ou Santo Ofício e o Index;
  • Na tentativa de  recuperar os territórios perdidos para os protestantes, o Papado move perseguições violentas tornado-se mais sanguinário do que  Adolfo Ríteler;
  • O Concílio de Trento, não conseguiu estabelescer um verdadeiro diálogo entre católicos e protestantes;
  • No meio educacional, a centralização de professores nas pessoas dos jesuitas causo falta de docência em muitos lugares;
  • A Igreja tornou-se símbolo de terror e medo entre a população,
  • Todo o caráter  espiritual tinha-se abandonado;
  • O seio eclesiástico vivia atrofiado apesar das reformas disciplinares e dogmáticas na Igreja;
  • Na procura cega e axercerbada de exterminar rapidamente o movimento protestante e manter o espírito católico, o papa se entrega de vez às  medidas mais violentas que se pode imaginar e perde-se num vasto mar de sangue, mar e crueldade.Na práitca, não há esajeiro em dizre que o Pontífice tornara-se no próprio demônio;
“O catolicismo nunca mais voltou a ter a força e poder de intervenção que tinha. A enorme repressão e derramamento de sangue não foi esquecida e ainda hoje muitas vozes se levantam contra a Igreja, nomeadamente dizendo que não tem moral para falar de assuntos como o aborto e a pena de morte.”
Apesar das perseguições movimento de reforma prosperou pois não era obra de homem mas de Deus! As igrejas protestantes foram estabelecidas  em todas as partes do mundo.Ainda hoje uma notável parcela do contingente Ocidental é protestante. E para a glória de Deus, no
 Brasil, o avanço do protestantismo, fornece dados precisos de que em pouco tempo a maior nação católica do mundo será totalmente evangélica! Soli Doe Glória!
Veja apenas dois exemplos de métodos de torturas estabelecidas pela igreja católica:
A Cadeira da Morte

VII - IGREJA MODERNA ( DO ANO – 1648 À ATUALIDADE )

Esta fase da Igreja moderna é marcada pelo avivamento e o surgimento das seguintes denominações:
 Presbiterianos, Batistas, Congregacionais

O Avivamento do Século XVII – Surgimento dos metodistas
  • João Wesley- o dirigente e estadista

  • Carlos Wesley- o poeta e cantor

  • George Whitefield – o pregador

- O Metodismo - Início do Movimento
Wesleyano

 


João Wesley (17.06.1703 - 02.03.1791) - O pai do Metodismo. Inglês, pastor da Igreja Anglicana que em 24.05.1738 teve sua famosa conversão, conhecida como a “experiência do coração abrasado”. A partir daí, seus esforços piedosos antes feitos para alcançar a salvação, agora eram feitos por gratidão a Deus, que o salvara. O poder de suas pregações somado aos seus dons como organizador, o levou a ser o líder de uma sempre crescente multidão de anglicanos nominais que se convertiam a uma vida de santificação interior e exterior. Organizando estas multidões em “classes” para comunhão e estudos bíblicos e em “sociedades” para cultos de adoração, ele, seu irmão Carlos e um pregador amigo - George Whitefield, estabeleceram os “metodistas”. Estes eram membros de um grupo que, ensinados por Wesley, criam que podiam alcançar a “perfeição cristã”, estado em que o crente é purificado em seu coração de toda a inclinação ao pecado, tendo intenções puras e amor genuíno para com Deus - acima de todas as coisas - e para com o próximo. Com este movimento, Wesley transformou a vida religiosa e social da Inglaterra do século XVIII. Rompeu com a frieza litúrgica do anglicanismo e com o radicalismo elitista da predestinação calvinista. O povo simples descobria a alegria de ser salvo em Cristo através da fé em Deus, da graça divina e da possibilidade do livre-arbítrio, além do objetivo da “inteira santificação” ainda nesta vida e da demonstração desta santidade através de obras de cunho social em favor dos necessitados. Wesley nunca se desligou da Igreja Anglicana, embora seu movimento não tivesse aprovação oficial. Só em 1795, 4 anos após sua morte, é que os metodistas ingleses organizaram uma Igreja separada do anglicanismo.
     Em 1776 os Estados Unidos declararam independência da Inglaterra, conseqüentemente, os metodistas americanos não eram mais anglicanos e Wesley ordenou Tomas Coke como “superintendente” e como presbíteros a Vasey e Whatcoat, em 1784, a fim de poderem ministrar a Santa Ceia e, futuramente ordenar outros, já que não haviam sacerdotes anglicanos que fizessem tais ministrações na América. Quando chegou na América, Coke ordenou a Francis Asbury - o “pai” do Metodismo americano. Em dezembro deste ano, os metodistas americanos organizaram a Igreja Metodista Episcopal. Em 1786, Wesley permitiu que algumas sociedades metodistas na Inglaterra realizassem cultos no mesmo horário que o culto anglicano. E, em 1787, permitiu o registro civil de todas as sociedades.xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
     Em 1791 Wesley faleceu, sendo que o metodismo contava com 130 mil membros e cerca de um milhão de simpatizantes. Em 1797 os metodistas ingleses se organizaram como Igreja independente da Anglicana.xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
      O metodismo se expandiu rapidamente nos Estados Unidos, tendo sido iniciado já com 84 pastores e centenas de pregadores locais e exortadores, mais de 60 capelas e 15 mil membros, embora fosse das menores denominações – a maior era a Congregacional. Em 1816 já eram 200 mil membros (5.700 membros por ano!). Em 1860 eram 990 mil membros (quase 18 mil membros por ano!).

William Seymour e o movimento pentecostal

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A história aponta o pastor norte-americano,  William Joseph Seymour , como o instrumento iniciador do movimento nos EUA que se espalhou por todo o mundo.
De orígem escrava, Seymour resgatou a crença  no dom de línguas como provas do batismo com o Espírito Santo. Devido  a sua experiência, foi excluido da paróquia de Los Angeles na qual se tornara pastor. Em1906 em Los Angeles ,fundou sua igreja  na Azusa Street (Rua Azusa) no nº 312, e começou a realizar fervorosas campanhas de orações que viria  a incendiar todo o planeta com o movre pentecostal.
A Rua Azuza
O Avivamento na Rua Azuza, cresceu vertiginosamente, alcançando outros lugares e pessoas de várias partes do mundo. Com o crescimento, o grupo passou a se denominar-se de Missão da Fé Apostólica da Rua Azuza, foi baseado  na Missão da Fé Apostólica da Rua Azuza que o missionário sueco Gunnar Vingren deu o primeiro nome ao movimento pentecostal no Brasil que viria a ser chamado mais tarde de Assembléia de Deus.

A expansão do evangelho na América do Sul
Argentina – 1823
Chile- 1845
Brasil- 1855

História e desenvolvimento da Assembléia de Deus

Fundadores
A Assembléia de Deus chegou ao Brasil através dos missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, que desembarcaram em Belém, capital do Estado do Pará, no dia 19 de novembro de 1910, vindos dos EUA e movidos por uma revelação na qual dizia que ambos teria como campo missionário uma nação que possuia em sua federação um lugar chamado Pará.

O início no Brasil e o caráter da doutrina pentecostal
No início, freqüentaram a Igreja Batista, a mesma denominação que ambos pertenciam nos Estados Unidos.Porém, eles traziam em suas mensagens um teor diferente que mudaria para sempre o curso da história da igreja no Brasil e na América Latina, a doutrina do batismo no Espírito Santo, tendo como evidência inicial da manifestação a glossálias do Espirito, o falar em línguas estranhas . Apesar de nova no Brasil, a  manifestação do fenômeno pentecostal já vinha varrendo os EUA em várias reuniões de oração e também de forma isolada em alguns países.O avivamento era mais forte nas reuniões que  eram dirigidas por Charles Fox Parham, que teve seu apogeu inicial por meio de um de seus mais fervorosos discípulos, um pastor negro leigo, chamado William Joseph Seymour, na Rua Azusa, Los Angeles, em 1906.

Celina Albuquerque: primeira pessoa a ser batizada com o Espirito Santo no Brasil
Muitos milagres estava acontescendo através das fervorosas orações feitas pelos missionários Gunnar Vigren e Daniel Berg, o mais impresionante dos milagres foi o que acontesceu com a irmã Celina Albuquerque: Jesus a curou  de um câncer que se alojava em seu rosto! Naquela semana, ela estava a orar de madrugada, quando foi batizada no Espirito Santo, era a primeira pessoa a receber a promessa pentecostan no Brasil. No dia seguinte foi a vez de  sua irmã Nazaré que teve a mesma experiência.

O impácto  da nova doutrina
A nova doutrina gerou muita divergência, pois por um grupo foi aceita e por                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       outro foi rejeitada. Assim, as duas assembléias distintas entraram em confiltos, o pastor batista  dizia aos membros e aos mssionários estrangeiros que embora a biblia falassem do batizmo com o Espirito Santo e em curas divinas, isso foi somente restritos aos dias dos apóstolos e que era ridículo nos tempos atuais acontecerem estas coisas no meio de um povo  educado e civilizado. Vingren refutava aos argumentos dizendo:  “ não direi que o irmão não esteja na vardade, mas afirmo que não achou toda a verdade: a verdade do batizmo no Espirito Santo  e das curas maravilhosas  que Jesus pode realizar em nossos dias”. Na assembléia seguinte, o pastor batista fez uma votação para excluirem os missionários e os membros que porventura presistissem em seguir a nova doutrina pentecostal, ao dirijir a palavra perguntou: “ Quantos estão de acordo com essas falsas doutrinas?”, para o pânico dele dezenove pessoas levantaram as mãos. Assim, os dezenove crentes foram e, em 18 de junho de 1911, juntamente com os missionários estrangeiros, fundaram uma nova igreja e adotaram o nome de Missão de Fé Apostólica.
A Missão de Fé Apostólica
A partir de então, passaram a reunir-se na casa de Celina de Albuquerque, na Rua Siqueira Mendes,79,  no bairro Cidade Velha. A nova igreja era no início constituido  de apenas dezenove crentes e, eram estes os nomes de cada um deles: José Plácio da Costa, Piedade da Costa,  Prazeres Costa, Henrique Albuquerque, Celina Albuquerque,  Maria de Nazaré,  Manoel Maria Rodrigues, Jesusa Dias Rodrigues, José Batista de Carvalho, Maria José de Carvalho, Antônio Mendes Garcia, Manoel Dias Rodrigues, Emília Rodrigues, Joaquim Silva, Benvinda Silva, Ana Silva, Tereza Silva, Isabel Silva e João Dominues. Gunnam Vingre foi eleito pastor da nova igreja e Daniel seu auxiliar.

De Missão de Fé Apostólica para Assembléia de Deus
Mais tarde, em 18 de janeiro de 1918 a nova igreja, por opinião de Gunnar Vingren, passou a chamar-se Assembléia de Deus, em virtude da fundação das Assembléias de Deus nos Estados Unidos, em 1914, em Hot Springs, Arkansas, mas, outra vez, sem qualquer ligação institucional entre ambas as igrejas.

Progresso das Assembléias de Deus no Brasil
A Assembléia de Deus no Brasil se expandiu apartir do Norte para o Sul comessando pelo Estado do Pará, depois o Amazonas, expandindo-se para o Nordeste, principalmente entre as camadas mais pobres da população. Alcançou o Sudeste nos idos de 1922, através de pessoas e famílias que se retiravam-se do Pará, que estabeleciam voluntariamente a denominação aonde quer que chegassem. Em 1922,  houve a fundação da igreja no Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão, e ganhou força com a mudança de Gunnar Vingren, de Belém, PA, em 1924, para a então capital da República. Foi nessa ápoca que aconteseu um fato que marcou a  igreja naquele periodo, asaber: a conversão de Paulo Leivas Macalão, filho de um general, através de um folheto evangélico .Foi Paulo Leivas Macalão o precursor do assim chamado  Ministério de Madureira, conforme veremos adiante.
Faremos um breve conograma histórico da chegada do movimento assembléiano no territóri brasileiro:
·             Belém no Pará - em 18 de junho de 1911
·             Acre 1914- Começou em Cruzeiro do Sul, com Manoel Pirabas
·             Ceará, 1915- Com  o incansável Adrian Nobre
·             Alagoas, em 1915 – Com Otto Nelson
·             Pernambuco, 1916 – Com Adriano Nobre
·             Paraíba, 1918- Com Manoel Bu
·             Rio Grande do Norte, 1918- novamente o infgatigável Adriano Nobre
·             Maranhão, 10 de março de 1918 – Com Climaco Bueno Aza
·             Srgipe, em 1927
·             Piauí, em 08 de junho de 1927 – Com Raimundo Prudente de Almeida
·             Minas Gerais, Em fevereiro de 1927 – Com Climaco Bueno Aza
·             Rio Grande do Sul, em 15 de abril de 1924 – Com Gustavo Nordlund
·             Paraná, em outubro de 1927 – Com Bruno Skolimowski
·             Marto Grosso, 1923 – Com Eloi Bispo de Sena
·             Goiás, 1931 – Com Antônio Moreira

A Assembléias de Deus no Estado da Bahia
A História das Assembléias de Deus teve início em 1926, na cidade de Canavieiras, através de Joquina de Souza Carvalho que já ensinava a respeito do batizmo no Espirito Santo. O diácono Teodoro Santana se destacou estre os que receberam a mensagem pentecostal, tornando –se  o líder da igreja indicado por Otto Nelson em 13 de junho de 1929.
Em Valente – Ba, a Assembléia de Deus foi fundade nos idos de 1932, sendo considerada uma das igejas mais antigas no estado.
Apesar das perseguições a igeja na Bahia crsceu vertiginosamente. A primeira pessoa batizada com o Espirito Santo na Bahia foi a irmã Honorina.Em 1930, a igreja em Salvador recebia o seu primeiro pastor: Jõao Pedro da Silva.
Os pastores das Assembléias de Deus na Bahia estão ligados a CEADEB (Convenção das Assembléias de Deus no Estado da Bahia) que, por sua vez, se vinculam a CGADB Convesção Geral  das Assembléias de Deus no Brasil – uma Convenção de caráter nacional.Para melhor compriendermos a o sistema organizacional da CGADB, e surgimento do Ministério de Madureira, reportaremos à  Wikipédia.org - a enciclopédia livre – que tráz o seguinte comentario:

Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil

“A CGADB possui sede no Rio de Janeiro, sendo considerada o tronco da denominação por ser a entidade que desde o princípio deu corpo organizacional à Igreja, e a quem pertence a patente do nome no país. A CGADB hoje conta com cerca de 3,5 milhões de membros em todo o Brasil (dados do ISER) e centenas de missionários espalhados pelo mundo.
 A CGADB é proprietária da Casa Publicadora das Assembléias de Deus — CPAD, com sede no Rio de Janeiro, que atende parcela significativa da comunidade evangélica brasileira. À CGADB também pertence a Faculdade Evangélica de Tecnologia, Ciências e Biotecnologia — FAECAD, sediada no mesmo Estado, e que oferece os seguintes curso em nível superior: Administração, Comércio Exterior, Marketing, Teologia e Direito.
A CGADB é constituída por várias convenções estaduais e regionais, além de vários ministérios. Alguns ministérios cresceram de tal forma que tornaram-se denominações de facto, com suas congregações sobrepondo as áreas de abrangência das convenções regionais. Dentre os grandes ministérios se destaca o Ministério do Belém, que possui cerca de 1000 igrejas concentradas no centro-sul e com sede no Bairro do Belenzinho na capital paulista, sendo atualmente (2007) presidida pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa, que também lidera a CGADB.
Na área política, 21 deputados federais são membros das Assembléias de Deus e a representam institucionalmente junto aos poderes públicos nos assuntos de interesse da denominação, supervisionados pelo Conselho Político Nacional das Assembléias de Deus no Brasil, com sede em Brasília, DF, que coordena todo o processo político da CGADB. Além disso, são cerca de 27 deputados estaduais, mais de cem prefeitos e cerca de 1000 vereadores, todos sob a chancela de igrejas ligadas à CGADB.
Desde a década de 1980, por razões administrativas, a Assembléia de Deus brasileira tem passado por várias cisões que deram origem a diversas convenções e ministérios, com administração autônoma, em várias regiões do país. O mais expressivo dos ministérios independentes originários da CGADB é o Ministério de Madureira, cuja igreja já existia desde os idos da década de 1930, fundada pelo pastor Paulo Leivas Macalão e que, em 1958, serviu de base para a estruturação nacional do Ministério por ele presidido, até a sua morte, no final de 1982.

 

Convenção Nacional das Assembléias de Deus no Brasil - Ministério de Madureira

À medida que os anos se passavam, os pastores do Ministério de Madureira (assim conhecido por ter sua sede no bairro de mesmo nome, no Rio de Janeiro), sob a liderança do pastor (hoje bispo) Manoel Ferreira, se distanciavam das normas eclesiásticas da CGADB, segundo a liderança da época, que, por isso mesmo, realizou uma Assembléia Geral Extraordinária em Salvador, BA, em setembro de 1987, onde esses pastores foram suspensos até que aceitassem as decisões aprovadas. Por não concordarem com as exigências que lhes eram feitas, se organizaram numa nova entidade, hoje com cerca de 2 milhões de membros, no Brasil e exterior. Dessa forma surgiu a Convenção Nacional das Assembléias de Deus no Brasil — Ministério de Madureira — CONAMAD, fundada em 1988.” Ver: www.Wikipédia.org com.br

Outros ministérios
Por questão de espaço passaremos a expor apenas o resumo histórico das denominações mais expressivas no contexto pentecostal do Brasil

 

Igreja Pentecostal Deus é Amor

A Igreja Pentecostal Deus é Amor (IPDA) , foi fundada em 1962 pelo missionário David Martins de Miranda., Em 2001 sua membresia foi estimada em 800.000 membros , ( segundo o IBGE ) tem aproximadamente  8.000 igrejas, e possui  a característica de alugarem prédios comerciais para reunir-se.

Igreja Internacional da Graça de Deus

A Igreja Internacional da Graça de Deus é uma Igreja evangélica neopentecostal fundada pelo Missionário Romildo Ribeiro Soares (conhecido como Missionário R.R. Soares) em 1980, na Rua Lauro Neiva, no Município de Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Romildo fundou a sua própria denominação logo após se separar de seu cunhado, o então pastor Edir Macedo (hoje bispo)  da Igreja Universal do Reino de Deus.Ele rompeu relações com Edir Macedo em 1978 após desintendimentos teológicos. R.R.Soares não concordava com o caminho que o Edir Macedo tomava na direção da IURD. Houve então a cisão, e em 1980, fundou a Igreja Internacional da Graça de Deus Atualmente, a Igreja Internacional da Graça de Deus tem mais de mil templos abertos em todo o mundo. Desse número, mais de cem igrejas se encontram no Rio de Janeiro, onde tudo começou.

Igreja Universal do Reino de Deus (IURD)
A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) é uma das igrejas neopentecostal que mais cresce no Brasil.Fundada por Edir Macedo, têm  sua sede mundial , o Templo da Glória do Novo Israel, no bairro de Del Castilho, no Rio de Janeiro - e também tem sede em São Paulo (cidade), o Templo Maior de São Paulo,localizado no bairro de Santo Amaro , em São Paulo- SP.

O início
Tudo começou na Zona Norte do Rio de Janeiroem em um altar no Coreto do Méier, pequena área de lazer no Jardim do Méier, onde todos os sábados, às 18 horas, Edir Macedo costumava a fazer trabalhos de cultos ao ar livres, usando uma caixa de som antiga e um pequeno teclado. Nesses trabalhos comparecia um pequeno grupo de pessoas, que paravam no local movidas de curiosidades. As reuniões eram chamadas de “Cruzada para o Caminho Eterno”, foi assim que Edir Macedo deu os primeiros passos para a conquista de seguidores para a então embrionária Igreja Universal do Reino de Deus.Com o crescimento do n´mero de membros as reuniões passaram a ser realizada em um antigo cinema, o Bruni Méier, depois passou para outro cinema, o Ridan, no bairro de Piedade, também Zona Norte carioca. Depois os trabalhos se transferiram para um galpão na Avenida Suburbana, onde antes funcionava uma funerária. Em 9 de julho de 1977, a igreja foi oficialmente inaugurada, a princípio com o nome de Igreja da Bênção, posteriormente seria chamada  de Igreja Universal do Reino de Deus.
Hoje, a Sede da IURD é a Catedral Mundial da Fé, localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro, também conhecida como Templo da Glória do Novo Israel.

 “Em oito anos de existência, a IURD já dispunha de 195 templos em 14 estados brasileiros e no Distrito Federal, número que quase dobrou dois anos depois. As últimas estimativas apontam para um contingente superior a 10 milhões de fiéis, dados mais recentes apontam 15 milhões, com presença em todos os estados do Brasil.”¹

Renascer em Cristo

“A Igreja Apostólica Renascer em Cristo é uma denominação neopentecostal fundada em São Paulo, em 1986, por Estevam Hernandes e Sônia Hernandes. A Igreja Renascer controla uma rede de TV, uma gravadora, rede de rádio, uma editora e uma linha de confecções; no Brasil há cerca de 1200 templos e mais de 2 milhões de seguidores. A Renascer é a segunda maior denominação neopentecostal brasileira.
Eventos populares
A igreja iniciou um movimento, designado de Marcha para Jesus. Paralelamente, terão sido também reunidas cerca de um milhão de pessoas em Salvador e outros milhares de pessoas em outras cidades do Brasil. O evento acontece também em outras cidades do mundo. É também realizadora de outros grandes eventos, como o SOS da Vida Gospel Festival, que apresenta shows gospel de vários estilos musicais, reunindo um grande número de jovens. A Igreja Renascer é detentora dos direitos da marca "Gospel" no Brasil.” ²
¹-Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

²-Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre

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